quarta-feira, 29 de junho de 2016

Qual a verdadeira importância do passado?

Embora não possamos mudar o passado, podemos mudar o próximo minuto das nossas vidas.
É claro que muitas das experiências que vivenciamos vem para nos ensinar, porém as feridas do passado não podem nos amarrar ao ponto de paralisar nossas próximas experiências.
Feridas que nos machucaram, dores, perdas, devem ser limpas e fechadas, curadas. Talvez naquele local fique uma cicatriz, ou mesmo um queloide, porém, respeitar as cicatrizes não significa viver no passado.
A dor não pode ter a mesma intensidade que já teve um dia. Um bom psicólogo sabe a hora certa de abrir a ferida e saberá ensinar ao paciente como fechá-la e esquecê-la, mesmo que a cicatriz permaneça.
Por enquanto só posso dizer, viva e aprecie o presente!!
Excesso de passado causa depressão e excesso de futuro causa ansiedade!

domingo, 26 de junho de 2016

Uma reflexão sobre as "patologias" psicológicas

Como me identifico com a teoria da Gestalt, entendo o ser humano como uma totalidade que busca se auto-regular sendo capaz de se ajustar de forma criativa às situações. Assim sendo, a "patologia" pode ser entendida como um ajustamento, que teve uma função e foi necessária em algum momento da vida, mas ao longo do tempo foi perdendo sua função até tornar-se disfuncional.
A função do gestalt terapeuta é trabalhar com esta totalidade que compõe o ser humano, não só tratando as mágoas, dores e sofrimentos, mas trazendo a tona as potencialidades e polarizando-as.
Conhecer-se a si mesmo, integrar-se e potencializar o que tem de melhor ajudando a construir-se e reconstruir-se de forma criativa são alguns objetivos da psicoterapia.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Trabalhando com crianças no espectro autista

Meu intuito aqui não é diagnosticar, nem descrever sinais do autismo nas crianças, pois para isto seria necessário um livro inteiro e posso indicá-lo; meu objetivo agora é somente relatar o que percebo destas crianças e como trabalho com elas.
A criança autista, ou com transtorno do espectro autista em diversos níveis expressa suas necessidades, mas dificilmente é vista, ouvida ou compreendida. Com ela é necessário ir além daquilo que nos  é mostrado, além das convenções sociais. Muitos vão achar que ela é teimosa, birrenta, mimada e que seu problema é falta de limites dos pais e professores. Mas a "teimosia" típica da criança que está no espectro autista é diferente, ela possui interesse por um tema ou assunto específico e não quer parar de explorá-lo, quer ir mais além, não quer parar de fazer o que lhe dá prazer naquele momento.
Participar da atividade que a criança está desempenhando, estar com ela é muito mais prazeroso do que tentar impor atividades pré determinadas.
Consegui diálogo com uma criança assim através de alguns brinquedos que uso tanto na sala de aula, quanto no consultório, tais como; dinossauros, animais selvagens, disney gogos. A criança, um menininho de 4 anos se encantou por eles e a partir de então instaurou-se o diálogo entre nós, através do brincar. Esta relação tornou-se pra mim um presente, como um coração de cristal que carrego no peito, lindo e delicado! Após sua interação comigo, seu comportamento mudou, passou a tentar interagir com outras crianças, falar com maior frequência, participar de atividades grupais. O que eu acho que aconteceu? agora ele sente-se seguro e respeitado em suas singularidades, apenas isto.
Outro caso que gosto de mencionar é de quando consegui interação com uma criança no espectro(transtorno global) desta vez uma menina, também com 4 anos, através das tintas... nas primeiras vezes pintamos com os dedos durante horas. Aos poucos ela foi se tornando mais receptiva, em seguida soltou suas primeiras palavrinhas.
Ao passo que percebo ser o aspecto mais importante familiarizar a criança com ela mesma. A consciência de si leva à consciência do outro e à relação com ele.Das relações e interações com os outros as crianças no espectro autista vão se desenvolvendo, saindo um pouco do seu mundo particular e participando do mundo que a cerca.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Quando tudo parece desabar: a função da psicoterapia

Quando tudo parece desabar, a função da psicoterapia é ajudar o ser humano a se reconstruir.
Acredito que somos formados por uma totalidade e que este todo é mais do que a soma de todas as partes. Assim sendo, creio que a reconstrução do psiquismo após situações traumáticas, ou crises existenciais se dá a partir do trabalho em conjunto com todas as áreas da pessoa: emocional, física, espiritual, mental e social.
Quando tudo parece desabar:
1) Procure ajuda profissional, ficar sofrendo sozinho não vai resolver as coisas. Familiares e amigos são ótimas companhias para sair e conversar, mas só o psicólogo e/ou psiquiatra possui as ferramentas necessárias para ajudar você a ver os fatos de forma diferente;ele estudou pra isso, além de possuir a visão menos contaminada dos acontecimentos e da dinâmica que os envolvem.
2) Pratique a gratidão, busque dentro de si coisas que o fazem sentir grato e as escreva em uma lista. Gratidão gera gratidão!
3) Pratique boas ações, ajudar o próximo, seja com uma doação de agasalho, ou com uma simples informação como um endereço, ou uma dica de como fazer algo pode fazer você se sentir muito melhor.Bondade gera bondade!
4) Procure se exercitar: caminhe, corra, nade, enfim são muitas as atividades que você pode praticar: escolha a sua favorita, ou aquela que mais se adéqua ao seu cotidiano, e pratique. Iniciativa gera novas iniciativas!
5) Tire um tempo do seu dia para conversar com Deus!
6) Reserve um tempo para você e faça algo que aprecie, nem que seja uma hora de conversa com um amigo em um café.

Não se esqueça de que você é importante e a sua saúde depende de uma totalidade equilibrada!!
Um bom psicoterapeuta certamente saberá ajudá-lo a trabalhar nas diversas instâncias da sua vida, levando a um desenvolvimento satisfatório de suas potencialidades!!

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Cantinhos de atividades diversificadas em educação infantil

Em 2015 eu já estava completando 20 anos de magistério em educação infantil. A empolgação do início já havia ido embora e muitas vezes eu pensava na mesmice da sala de aula, no quanto os alunos mais inteligentes e criativos eram aqueles que mais me davam trabalho, justamente por estarem cansados da mesmo marasmo que eu.
Comecei a questionar o que estava fazendo ali e pensei seriamente em desistir, mesmo que isto implicasse em exonerar um cargo público.
Nesta ocasião fui convidada a participar de um curso com a Dra Tizuko, educadora da USP. Neste curso, foi enfocado o brincar e a importância de deixar a criança escolher o que quer fazer e onde brincar.
Nova janela se abriu para mim, novas portas para os alunos... um universo de possibilidades.
separei um momento da rotina diária para os cantinhos: casinha, modelagem, pesquisas em enciclopédias, desenho, pintura, recorte e colagem, construtor, alfabeto móvel, entre outros.
Para dizer o mínimo: o clima da sala de aula mudou! Aquela aluna que não me deixava em paz um segundo, passava mais de 40 minutos tentando montar palavras com as letrinhas de madeira e só vinha até mim para tirar dúvidas pertinentes sobre a escrita.
aquele aluno, outrora agressivo vinha me perguntar; " 'Prô', hoje vai ter cantinhos?" e quando eu dizia que sim, ele respondia: " 'Prô', te amo tanto!"
Assim podia observá-los fazendo escolhas, brincando no cantinho que mais lhe atraiam, realizando descobertas, cumprindo regras combinadas junto ao grupo.
Parei para questionar a importância de aprender a fazer escolhas desde pequeno, pois a vida é feita de escolhas.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Fazendo massinha caseira

Na sala de aula, ou no consultório, fazer massinha junto com as crianças é uma atividade prazerosa e que desperta o interesse e a curiosidade dos pequenos para as experiências científicas, desenvolve os sentidos, o gosto pelas artes e a modelagem, entre outras utilidades.
A receita é bem simples e sempre dá certo.1 kg de farinha de trigo (pode ser vencida), 1 Kg de sal, 2 envelopes de suco em pó de mesmo sabor, meio copo pequeno de óleo de soja, 750 ml de água.
É só misturar tudo com as mãos ou o auxílio de uma colher de pau, a água deve ser acrescentada aos poucos e por último, até dar o ponto de modelar.
Se guardada em saco plástico bem fechado pode durar até 6 meses.
São inúmeras as atividades que podemos fazer com as crianças utilizando a massinha de modelar. Na sala de aula, ou no consultório, uma boa dica é utilizar forminhas plásticas, próprias para massinha, ou para biscoitos. Eu guardo tampinhas plásticas de muitos tipos e tamanhos, seringas de remédio, palitos de sorvete, entre outros objetos variados para utilizar na modelagem, as crianças gostam e aproveitam.
Uma técnica que costuma encantar crianças e adultos, individualmente ou em grupos, é pedir para que modelem um objeto, depois respondam a alguns questionamentos sobre ele ou inventem uma história completa. Se o brincar por si mesmo já é terapêutico, imagine unido à fantasias e histórias!!!

sábado, 4 de junho de 2016

Saúde e equilíbrio

Costumo dizer que a saúde do ser humano assenta-se sob o tripé: mente, corpo, espírito. Se trabalhamos somente o corpo e deixamos as duas outras instâncias de lado, isto causará um desequilíbrio em nossa psiquê. O mesmo ocorrerá se fizermos o inverso.
No que diz respeito ao corpo, tudo o que fazemos por ele está relacionado, ex: boa alimentação, beber água em abundância, praticar exercícios físicos, consultas médicas, visitas regulares ao dentista, exames preventivos, etc.
Com relação à mente e emoções, englobam cursos de extensão, graduações, ou seja, estudar sempre, psicoterapia, boas leituras, um dia de descanso na semana no mínimo, lazer, passeios, viagens.
No que diz respeito ao espírito, entram os outros 2 aspectos e tudo o que se relaciona a eles, mais  a espiritualidade.
No livro "O segredo das pessoas que nunca ficam doentes", Stone percebeu que 5 povos ao redor do mundo eram os mais saudáveis: a Barbagia, na Itália; Oknawa, no Japão; a comunidade dos adventistas do sétimo dia, na Califórnia; a península de Nicoya, na Costa Rica; e a ilha Grega de Ikaria.
Com destaque ao que se pode trabalhar em psicoterapia: aprender a perdoar, ter atitudes positivas em relação á vida, ser agradável, definir seus objetivos, dar prioridade às pessoas amadas, são algumas das dicas descritas no livro.